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Óleo de coco: comer ou não comer [#068]

Atualizado: 29 de nov. de 2024

Assim como o glúten, a chia, o chá verde e vários outros alimentos, o óleo de coco entrou para o hall da fama. Com a especial promessa de emagrecer, muita gente o elegeu para substituir o tradicional óleo e até o azeite nas várias preparações culinárias. Está correto fazer isso? Dá para emagrecer? E o colesterol, vai aumentar?


Um pouco sobre as gorduras


Tecnicamente, a gordura é conhecida como triacilglicerol ou triglicerídeos, um termo mais comum. Dentre suas várias funções, podemos citar reserva de energia, produção de hormônios e facilitador na absorção e transporte de algumas vitaminas, como vitamina D. As gorduras também agem como um isolante térmico, já que se concentram no que chamamos de tecido adiposo.


O triglicerídeo é formado pela junção de 3 ácidos graxos com um glicerol e é a combinação de diferentes tipos e quantidades dessa junção que vai definir a função dos vários tipos de gordura. Todos os ácidos graxos são produzidos pelo nosso organismo com exceção daqueles pertencentes aos grupos do ômega 3 e ômega 6, que desempenham funções especiais no metabolismo, diferente das citadas acima.


Nos alimentos, há basicamente dois tipos de gordura: a saturada e a insaturada. O que caracteriza uma ou outra é sua estrutura química. De forma geral, as do tipo saturada são sólidas em temperatura ambiente e encontradas em alimentos de origem animal e no óleo de coco; já as gorduras insaturadas, geralmente, apresentam-se na forma líquida e estão contidas nos óleos, no abacate e nas castanhas.


As gorduras insaturadas são consideradas muito mais saudáveis do que as saturadas, uma vez que aumentam os níveis do colesterol protetor – o HDL – e deixam as membranas de todas as células mais permeáveis, facilitando as trocas dos nutrientes entre as partes interna e externa das mesmas. Aqui já temos algo para refletir sobre o consumo do óleo de coco.

Ação sobre o colesterol


A ingestão de óleo de coco pode elevar de forma indesejada os níveis do colesterol no sangue especialmente se a pessoa estiver com a controle do glicemia (nível de glicose no sangue) alterado por alterações no peso corporal.


Enfim, pode ou não pode?


Depende. Pode desde que consumido com moderação e observando o contexto alimentar individual e a condição de saúde. O óleo de coco não é milagroso. Ele é apenas um alimento dentre os vários que fazem parte do dia a dia e não tem o poder isolado de melhorar ou piorar qualquer condição de saúde. Seu consumo precisa necessariamente estar inserido em uma dieta rica e variada, contendo alimentos frescos, integrais e pertencentes a todos os demais grupos.


Por não conter ácidos graxos essenciais na sua composição, ele não deve ser usado como fonte exclusiva de gorduras na dieta, algo que algumas pessoas vêm fazendo. A presença de outros óleos vegetais, como o de gergelim, o azeite de oliva e o de linhaça/chia vai garantir o equilíbrio dos diferentes tipos de gordura na dieta.

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